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quinta-feira, 18 de março de 2010

2º ano -- RELEVO BRASILEIRO

RELEVO BRASILEIRO


Antes de conhecer o relevo brasileiro, é preciso saber primeiro o que é relevo. Relevo são irregularidades na superfície terrestre.
O relevo brasileiro possui uma grande variedade morfológica que podem ser classificadas em: planaltos, planícies, chapadas, depressões, que foram formados por fatores internos e externos.
Os fatores internos (endógenos) são forças do interior da Terra como vulcanismo e tectonismo, atuam como agentes modeladores do relevo. Os fatores externos (exógenos) são agentes modeladores do relevo que advém dos fenômenos climáticos, ou naturais, ventos, rios e chuva.
No Brasil há predomínio de pequenas elevações, o ponto mais alto é o Pico da Neblina (3.014 m), localizado no norte do Amazonas, na Serra do Imeri, município de São Gabriel da Cachoeira, fronteira do Brasil com a Colômbia e a Venezuela.
*O território brasileiro pode ser dividido em grandes unidades e classificado a partir de diversos critérios.


Uma das primeiras classificações do relevo brasileiro, identificou oito unidades e foi elaborada na década de 1940 pelo geógrafo Aroldo de Azevedo.
A classificação de Aroldo de Azevedo é a mais tradicional. Leva em conta, principalmente, o nível altimétrico como fator de determinação do que seja um planalto ou uma planície.
Aroldo de Azevedo - 1949.
-Planície: área que varia de 0 a 100 mts acima do nível do mar.
Planalto: área acima de 200 mts.
Classificação baseada nas altitudes. Soma 4 planaltos e 3 planícies.


Classificação segundo Aroldo de Azevedo

Processo geomorfológico
No ano de 1958, essa classificação tradicional foi substituída pela tipologia do geógrafo Aziz Ab´Sáber, que acrescentou duas novas unidades de relevo.
*O professor Ab'Saber despreza o nível altimétrico e dá ênfase aos processos geomorfológicos, isto é, aos processos de erosão e sedimentação. Assim, para ele, planalto é uma superfície na qual predomina o processo de desgaste, e planície é uma área de sedimentação.
*Classificação baseada nos processos de acumulação e erosão definem as novas formas de relevo.
Planície: área onde o processo de sedimentação é maior que o de erosão.
Planalto: área onde o processo de erosão é maior que o de sedimentação.
Depressão: podendo, ser: relativa e absoluta.
Depressão relativa: área mais baixa que as áreas adjacentes.
Depressão absoluta: área abaixo do nível do mar.

Classificação segundo Aziz Ab Saber

Classificação recente – Projeto Radambrasil
Uma das classificações mais atuais é do ano de 1995, de autoria do geógrafo e pesquisador Jurandyr Ross, do Departamento de Geografia da USP (Universidade de São Paulo). Seu estudo fundamenta-se no grande projeto Radambrasil, um levantamento feito entre os anos de 1970 e 1985. O Radambrasil tirou diversas fotos da superfície do território brasileiro, através de um sofisticado radar acoplado em um avião. Jurandyr Ross estabelece 28 unidades de relevo, que podem ser divididas em planaltos, planícies e depressões.
*Planaltos são superfícies elevadas aplainadas , delimitadas por escarpas onde o processo de desgaste supera o de acúmulo de sedimentos. Apresentam altitudes superiores a 300 m, não são uniformes; apresentam diferenças, de acordo com sua estrutura geológica e sua evolução geomorfológica. Daí decorre a existência de dois grandes tipos: os planaltos cristalinos, muito antigos e desgastados, e os planaltos sedimentares. Obs: As “montanhas brasileiras”: são elevações naturais do relevo , podendo ter várias origens , como dobramento ou falhamento, que resultam em áreas culminantes do relevo, com altitudes superiores a 1.200 m – estendem-se por apenas 0,5% do nosso território. Elas podem aparecer tanto nas áreas cristalinas como nas sedimentares, mas raramente ultrapassam a cota de 3.000 m – são, portanto, de altitudes muito baixas quando comparadas com as elevações das Montanhas Rochosas, da Cadeia dos Alpes, da Cordilheira dos Andes e do Himalaia. É possível afirmar que o relevo brasileiro é muito antigo, explicado pelo fato de o relevo apresentar baixa altitude, associada à intensa ação erosiva.
*Planícies são superfícies mais ou menos planas , onde o processo de deposição de sedimentos supera o de desgaste. São terras baixas e geralmente planas, de sedimentação recente, em pleno processo de formação, que ocorre por causa da sucessiva deposição de material de origem marinha, lacustre ou fluvial em áreas planas como se verifica nas várzeas e “igapós” da Amazônia, no Pantanal Mato-Grossense ou planície Mato-Grossense , que avança em direção à Bolívia e ao Paraguai, numa área de sedimentação aluvial recente, com oscilação de altitude entre 100 e 150 m. No litoral do Rio Grande do Sul podem se destacar as planícies das lagoas dos Patos e Mirim. Nas planícies costeiras e nas várzeas fluviais em geral. Temos também planícies tabulares na orla litorânea, com suas “falésias” e “barreiras”, formações cristalinas ou sedimentares que constituem paredões junto ao mar.
*Depressões são áreas rebaixadas formadas pela atividade erosiva entre as bacias sedimentares e as estruturas geológicas mais antigas. Nessas unidades de relevo as marcas dos climas do passado e a alternância das diversas fases de erosão são mais facilmente notadas. Algumas das depressões localizadas às margens de bacias sedimentares são chamadas de depressões marginais e periféricas. Depressão Absoluta- é aquela situada abaixo do nível do mar. É o caso da depressão do mar morto.
Depressão Relativa – é aquela situada acima do nível do mar. A depressão periférica paulista é uma depressão relativa


Classificação segundo Jurandyr Ross