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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

ORIENTE MÉDIO Conteúdo 3º ANO 3º BIMESTRE MENSA II

ORIENTE MÉDIO
O Oriente Médio é uma região localizada na parte sudoeste da Ásia limitada a oeste pelo mar Vermelho e a leste pelos mares Negro e Cáspio e pelo Golfo Pérsico.
Essa região guarda vários traços culturais. Ainda assim, possui um elemento unificador, que é a religião.
A região possui uma dinâmica de paisagens desérticas e semi -desérticas, possuindo poucas áreas com níveis consideráveis de chuvas.
A região apresenta cerca de 250 milhões de pessoas distribuídas de forma bastante irregular pelo território. Esse fato se dá devido aos:
Aspectos naturais (água, relevo).
 Aspectos humanos e culturais (grupos étnicos).
 No Oriente Médio a convivência entre grupos é bastante tensa, ocasionando, principalmente, por intolerância religiosa escassez de água, hoje um dos principais males da região.
Israel
Um país atípico na região, e considerado uma ilha de prosperidade dentro do Oriente Médio. Os principais destaques estão dentro do aspecto de produção agrícola e industrial.
Aspectos Religiosos
O Oriente Médio é o berço das três grandes religiões monoteístas da humanidade: O islamismo, o cristianismo, e o judaísmo.
O islamismo dentre as três é a que adquiriu maior força dentro da região, se destacando com religião predominante em todos os países da região ( exceto Israel ).
Petróleo no Oriente Médio
Nas primeiras décadas do século XX, iniciou-se a forte exploração desse recurso mineral na região, a exploração era controlada pelos transnacionais, destacando-se as setes irmãs.
Na década de 1960, os principais produtores de petróleo da região criaram a OPEP ( Organização dos Países Exportadores de Petróleo), a partir daí mantendo influência direta no preço do produto no mercado internacional.
Atualmente a OPEP reúne 11 países, sendo seis deles do Oriente Médio ( Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Catar), mais Indonésia, Argélia, Nigéria, Líbia e Venezuela.
O Oriente Médio é a principal região produtora de petróleo do planeta, representa cerca de 2/3 das reservas mundiais conhecidas atualmente.
Os principais mercados consumidores desse produto vital para a manutenção do sistema econômico contemporâneo são os norte-americanos, europeus e japoneses
Conflitos na Região
Após as transformações ocorridas no Irã ( monarquia x Xá para república-Aiatolá), deu início um amplo conflito entre o Iraque e Irã.
Essa guerra teve início em setembro de 1980, a causa principal do conflito era uma disputa territorial pelo controle de Chatt AL Arab, que corresponde à parte meridional entre os dois países e uma das únicas saída do Iraque para o Golfo Pérsico.
O Iraque buscava resolver a situação fronteiriça pendente e também conter o avanço da revolução islâmica imposta pelo Irã na região, com isso aproveitou o período de dificuldades que o Irã atravessava.
Os principais problemas eram:
Isolamento internacional determinado pelo líder Aiatolá Khomeini.
Os principais problemas eram:
Os principais problemas eram:Os principais problemas eram:
O isolamento que o país atravessava na região, pelo temor que tinha de uma possível expansão da revolução iraniana.
Enfraquecimento interno em função de uma luta pelo poder entre grupos religiosos e não- religiosos.
Conflitos na Região
Aproveitando-se das dificuldades atravessadas pelo vizinho, o Iraque efetuou um ataque maciço na região da fronteira.
Esse conflito não determinou apenas uma crise no fornecimento de petróleo, mas também a possibilidade eminente de um conflito de ordem mundial.
No ano de 1988, após um plano de paz estipulado pela ONU, o conflito chegou enfim ao seu desfecho. Esse conflito não apresentou vencedores.
OS CURDOS
Quem são: etnicamente distintos da maioria da população dos países em que vive, ocupam partes de Irã, Iraque, Turquia, Síria, Armênia e Azerbaijão. A maioria vive em território turco.
Origem: mulçumanos não árabes, na maioria sunitas, falam um idioma próximo ao persa. Há curdos cristão e judeus.
Potencial: independentes e autônomos, formariam um país com cerca de 23 milhões de habitantes e economicamente dependentes de seus potenciais poços de petróleos e de suas nascentes d’água.
Curdistão: o termo Curdistão ( lugar dos curdos) diz respeito à região localizada a sudeste do Mar Negro. No trato de Serves (1920) os vitoriosos na Primeira Guerra Mundial prometeram autonomia aos Curdos. Porém, Tratado de Lausanne (1923), não se falou mais no assunto.
CURDO X CURDO
Durante a Guerra Irã-Iraque (1980-1988), os curdos iraquianos se uniram a Teerã, e os curdos Iranianos aderiram ao exército de Bagdá.
Após a Guerra do Golfo (1991), os curdos do Iraque se aliaram a Ancara para combater o PKK ( Partido dos Trabalhadores do Gurbistão), que luta por autonomia na Turquia.
Nas décadas de 80 e 90, PKK aceitou ajuda financeira de Teerã em seu confronto contra as forças turcas, enquanto o exército dos aitolás assassinava os lideres curdos de seu país.
CURDO X CURDO
Nos anos 90, os principais curdos do Iraque travaram uma sangrenta disputa pelo controle do tráfico clandestino de combustível e alimentos.
Questão Curda
Questão intimamente ligada à relação turbulenta entre o Irã e Iraque.
Esses dois países possuem minorias curdas, dentre os dois o Iraque tem destaque (cerca de 20% da população é de origem curda).
Os curdos guardam seus traços culturais e buscam a formação de um país autônomo, fato esse não apoiado pelas potências da região.
QUESTÃO DO LÍBANO
O Líbano já foi um país de propriedade econômica, a ponto de ficar conhecido como “Suíça do Oriente Médio”.
Contudo essa estabilidade durou até o ano de 1975, quando estourou no país uma sangrenta guerra civil.
Fatores principais da guerra civil.
Vários grupos étnico-religiosos (cristão maronitas, sunitas, xiitas, cristão ortodoxo etc.)
Tomada de consciência da população mulçumana de sua dominância numérica na região, e de sua posição na pirâmide social do país.
A entrada maciça de palestinos expulsos da Jordânia em 1970, acentuando a relação de ódio entre cristãos e mulçumanos.
Fatores principais da guerra civil.
O interesse de Israel e Síria de obterem proveito territorial dos acontecimentos e contradições internas do Líbano a seu favor.
O Líbano, embora não atravessasse uma guerra civil, apresenta baixíssimo índice de desenvolvimento humano e alta dependência do capital externo. Até hoje as cidade estão sendo reconstruídas.
Em 26 de abril de 2005, aconteceu um fato político de grande importância. As tropas síria que ocupavam o norte do Líbano saíram do território.
O ultimo contingente militar da síria saiu do Líbano nesta terça feira após cerimônia, simbólica que marcou o fim de 29 anos de permanência de mais de 14 mil soldados em território libanês, iniciada com o fim da guerra civil libanesa (1975-1991). A Síria prometeu também a retirada de forças da inteligência e o corte das verbas para grupos paramilitares no país.


1. Israel e Palestina – o conflito pela terra
O cenário onde ocorre um dos conflitos mais duradouros, com influência na geopolítica mundial, está localizado no Oriente Médio. Essa região abrange 15% do continente asiático, sendo aproximadamente 6,6 milhões de km², divididos de maneira desigual entre os dezesseis países independentes. A Arábia Saudita, o Irã, a Turquia, o Afeganistão e o Iraque ocupam juntos aproximadamente 85% do território regional, enquanto o restante, em torno de 15%, é ocupado pelas nações menores: Kuwait, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Israel, Líbano, Síria e Jordânia.

A. A Diáspora Judaica
Adriano, o imperador Romano expulsou os judeus da Palestina em 135 d.C. Eles se espalharam pelos países árebes e por todo o mundo. Essa dispersão, que durou até 1948, ficou conhecida como “Diáspora Judaica”. Enquanto estiveram residindo em países estranhos, os judeus sempre formaram comunidades próximas a uma sinagoga, fortalecendo assim seus costumes e resistindo ao preconceito que se intensificava à medida que prosperavam nas mais diversas atividades, como no comércio, na medicina, entre outras.
Os povos árabes muçulmanos, a partir do século VII, foram ocupando a região da Palestina, até que no século XVI passou a ser dominada pelos turcos otamanos seguidores do islã e, após a Primeira Guerra Mundial, pelos franceses e ingleses cristãos.

B. O sionismo
O conflito entre árabes e judeus na Palestina desencadeou-se no fim do século XIX, quando surgiu o movimento conhecido como “sionismo”. Este consistia no retorno dos judeus para a “Terra Prometida” com o objetivo de formar o atual Estado de Israel. A intensa migração dos judeus dos vários pontos do globo e a aquisição de propriedades na Palestina atingiu grandes proporções, ameaçando assim o domínio árabe sobre a região. O movimento durou até 1948.
Os judeus, convictos do seu direito de propriedade sobre as terras em questão, argumentam que goram obrigados pelos romanos a abandoná-las. Entretanto, se elas lhes pertencem desde a Antiguidade, os palestinos também se sentem donos d região pelo fato de terem habitado lá durante todo o tempo em que foi abandonada e, nesse período, a Palestina se transformou em sua pátria.
Por meio da Declaração de Balfour, o Reino Unido, em 1917, apoiou a criação de um Estado Nacional para os Judeus, motivando ainda mais conflitos.
Apesar da resistência da maioria das nações árabes em todo o Oriente Médio, a ONU aprovou, em 29 de novembro de 1947, a partilha da Palestina e a criação do Estado do Israel, que representava 56,5% (14.000 km²); os palestinos teriam 42,9% (11.500 km²). Jerusalém, por ser um importante símbolo para os judeus, árabes e cristão, seria considerada área internacional. Em julho de 1948 foi proclamado o Estado de Israel.

C. Conflitos históricos
Os confrontos entre árabes e judeus, na Palestina, foram constantes nos últimos cem anos, a partir da imigração judaica, e se tornaram mais violentos com a criação do Estado de Israel, desencadeando guerras regionais em todo o território palestino.
A Guerra da Partilha
Iniciou-se em julho de 1948. Logo após a criação do Estado de Israel, e durou até janeiro de 1949. Israel venceu cinco países árabes (Egito, Iraque, Líbano, Transjordânia ou atual Jordânia e Síria) e aumentou seu território em mais de 40%. Cerca de 800 mil palestinos deixaram Israel. A Jordânia ficou com a Cisjordânia e o Egito com a Faixa de Gaza. Jerusalém foi dividida entre israelenses e jordanianos.
A Guerra do Canal de Suez
O canal de Suez, que liga o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho, representava uma importante passagem para os navios europeus. Em julho de 1956, Gamal Abdel Nasser, presidente do Egito e aliado aos palestinos, anunciou a nacionalização do Canal de Suez, provocando o descontentamento da França e da Inglaterra, que tentava reconquistas parte dos antigos territórios coloniais.
Em outubro de 1956, as forças israelenses, em apoio à França e à Inglaterra, controlaram a área em disputa. Apesar da vitória militar das forças anglo-francesas e israelenses, a derrota foi diplomática devido à pressão norte-americana e soviética, que forçou a retirada das tropas vitoriosas da região do Canal de Suez.
A Guerra do Canal de Suez foi responsável por várias mudanças na geopolítica regional e mundial. O presidente Gamal Abdel Nasser tornou-se o principal líder árabe com objetivo de fortalecer sua política nacionalista e integrar o mundo árabe, apoiando na década de 1960 a criação da OLP (Organização para a Libertação da Palestina). O colonialismo anglo-francês foi substituído pela supremacia dos Estados Unidos e da União Soviética.

A Guerra dos Seis Dias
O mapa da Palestina foi novamente alterado em 1967, no conflito que envolveu os israelenses e os palestinos, que receberam o apoio do Egito, da Síria e da Jordânia. Israel obteve a vitória inquestionável em apenas seis dias de confronto. Como resultado, ocupou a Península do Sinai e a Faixa de Gaza, do Egito, a Cisjordânia, da Jordânia, e as Colinas de Golã, da Síria.
O mundo árabe estacionou o seu movimento de unificação, conhecido como “pan-arabismo”, e Israel se consolidou como potência militar no Oriente Médio.
A Guerra do Yom Kippur
No dia 6 de outubro de 1973, enquanto os judeus comemoravam o Yom Kippur, Dia do Perdão, foram atacados de surpresa por uma coligação entre o Egito e a Síria. Porém, o contra-ataque de Israel foi arrasador. A assinatura de um cessar-fogo foi concluída no dia 22 de outubro, sob a imposição do presidente dos EUA, Richard Nixon, e o soviético Leonid Brejnev.
A Guerra do Yom Kippur foi considerada a última entre Israel e Palestina, entretanto a tensão na região é contínua.
Intifada
No período compreendido entre 1987 e 1993, os palestinos enfrentaram os israelenses na revolta das pedras, denominada de “Intifada”. Armados de pedras e paus, os cidadãos comuns atacavam os soldados de Israel. A prática de inúmeros atentados por grupos terroristas contra os judeus intensificou o conflito.
Em 2000, uma segunda Intifada foi deflagrada durante a visita do premiê de Israel, Ariel Sharon, à Esplanada das Mesquitas, um lugar sagrado para os islâmicos.
A formação da OLP
Liderado por Yasser Arafat, em 1959, surgiu um grupo terrorista palestino “Al Fantah”, que tinha por principal objetivo reconquistar o território perdido na Guerra da Partilha, em 1949. Cinco anos mais tarde, em 1964, esse movimento seria reconhecido pelos países árabes como Organização para Libertação da Palestina (OLP).
Em 1974, a OLP foi aceita pela ONU como única representante dos palestinos. Em 1988, seu líder, Yasser Arafat, renunciou ao terrorismo, reconheceu a existência do Estado de Israel e manteve a luta pela consolidação do Estado palestino.
Após o reconhecimento da OLP pela ONU, os palestinos reforçaram o nacionalismo entre a população e proporcionalmente o ódio em relação a Israel, o que pode ser constatado nas diversas reações dos palestinos, como a ocorrida na primeira Intifada ou “Revolta das pedras”, quando jovens, crianças e idosos, em 1988, rebelaram-se contra as ordens do exército israelense e os enfrentaram atirando pedras. Nesse confronto, milhares de palestinos goram mortos.
D. O difícil processo de paz
Em meio a tantas guerras, perdas históricas, econômicas e principalmente humanas, iniciou-se o lento e indefinido processo de paz entre os árabes e os judeus, que ainda não se concretizou devido à resistência de ambos os lados.
Em 1978, Egito e Israel formalizaram o acordo de Camp David, tendo como intermediador o presidente dos EUA, Jimmy Carter. Esse acordo estabeleceu a devolução da Península do Sinai ao Egito e o reconhecimento do Estado de Israel por parte do Egito. Apesar da reprovação da maioria dos países árabes, o acordo de Camp David foi respeitado por Israel e Egito.
No início da década de 1990, por iniciativa diplomática da Noruega e de diversos países, israelenses e palestinos realizaram importantes encontros para negociar a paz. Israel, representado por Yitzhak Rabin, e a Palestina, representada por Yasser Arafat, assinaram, em 1993, um acordo pelo qual Israel devolvia aos palestinos a Faixa de Gaza e a cidade de Jericó. Outros acordos foram assinados em maio de 1994. Em setembro de 1995, foram devolvidas aos palestinos outras áreas ocupadas por Israel durante a Guerra dos Seis Dias. Os acordos foram interrompidos pelo descontentamento de judeus e árabes radicais que não apoiavam o entendimento entre as duas nações. Rabin foi assassinado por um fanático judeu. As novas lideranças que assumiram o poder político em Israel dificultaram as negociações de paz que, apesar das várias tentativas, sempre fracassaram.
Uma nova proposta de paz aconteceu em 2000, em Camp David, nos Estados Unidos. Israel se comprometeu a retirar parcialmente suas tropas dos territórios ocupados pelos palestinos e aceitar a soberania de parte desses territórios. Novamente, o acordo não se concretizou, pois o líder Yasser Arafat exigiu soberania plena das áreas sagradas de Jerusalém e o retorno dos refugiados.
Com o argumento de ser proteger de ataques terroristas, o governo de Israel iniciou, em 2002, a construção de um muro que separa as áreas habitadas por palestinos e israelenses. A construção é um conjunto de estrutura de concreto que atinge até oito metros de altura e cercas de arame farpado, além da instalação de sensores eletrônicos e controle militar em todo o percurso da barreira. Tudo isso limita o deslocamento das pessoas e amplia o controle territorial israelense. O muro de proteção dificulta a paz na região, uma vez que representa segregação das comunidades palestinas e aumenta a hostilidade entre os povos.
A partir de 2007, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) passou por um acordo entre os líderes dos partidos Fatah e Hamas. Formou-se um governo de coalisão, com conflitos internos e distanciamento do diálogo com Israel.
As principais barreiras para a paz entre Israel e Palestina são os atentados terroristas e a dificuldade em estabelecer uma fronteira territorial definitiva e soberana na região.
Com a morte de Yasser Arafat e a eleição de uma nova liderança no Estado palestino, em 2004, iniciou-se um processo de negociação de paz. Em troca da promessa de contenção dos grupos radicais terroristas por parte da autoridade palestina, em 2005, Israel iniciou um processo de desocupação de algumas cidades que seriam devolvidas aos palestinos. A primeira delas foi Jericó, em 15 de março desse ano. No mesmo ano, sob protestos israelenses, a Faixa de Gaza foi desocupada para ser apropriada pelos palestinos.

2. Iraque – guerra e paz
Localizado em região de contínuos conflitos, o Iraque protagonizou nas últimas décadas confrontos internos, regionais e foi invadido pelos Estados Unidos. A seguir, estudaremos a Guerra do Golfo e a invasão estadunidense no território iraquiano, acontecimentos geopolíticos que atingiram proporções em escala regional e mundial.

A. Guerra do Golfo
O Kuwait, pequeno país localizado ao sul do Iraque, na região do Golfo Pérsico, com o apoio militar da Grã-Bretanha, resistiu às várias tentativas de ocupação iraquiana ocorridas ao longo do século XX.
Com Saddam Hussein no poder, a partir de 1979, o exército iraquiano foi armado com modernos equipamentos adquiridos da ex-União Soviética, Estados Unidos, Brasil e de outros países, objetivando a liderança do Oriente Médio.
O domínio do Kuwait representava a apropriação da terceira maior reserva de petróleo do planeta, fortalecendo a economia do Iraque em relação às demais nações do mundo árabe.
A invasão do exército de Saddam Hussein, em agosto de 1990, causou a formação de uma aliança militar, liderada pelos Estados Unidos, com a participação da França e da Inglaterra. As batalhas foram transmitidas em tempo real pela televisão. As potências exibiam seu alto nível tecnológico em equipamentos bélicos, incluindo as armas químicas.
O confronto foi relativamente curto, entre 17 de janeiro e 27 de fevereiro. Saddam Hussein foi derrotado, porém permaneceu no poder. A Guerra do Golfo, como ficou conhecida, teve como conseqüências o saque de incalculáveis riquezas do Kuwait, campos de petróleo incendiados e minados pelo exército do Iraque, e o território iraquiano foi praticamente destruído. Diante da derrota iraquiana, os xiitas, ao sul, e os curdos, ao norte, em oposição ao governo iraquiano, revoltaram-se. Saddam enfrentou a guerra civil com muita violência, mantendo-se no poder.

B. Guerra do Iraque
Após os atentados sofridos pelos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001, o Iraque passou a ser o alvo de combate ao terrorismo. Segundo o governo estadunidense, terroristas recebiam apoio de Saddam Hussein. Além disso, segundo os Estados Unidos, o Iraque teria armas de destruição em massa, o que seria uma ameaça. Esses argumentos, somados ao potencial de produção de petróleo do Iraque, e outros motivos políticos desencadearam um novo ataque aos iraquianos, em 2003, sob a liderança dos EUA, apesar da reprovação da ONU. O país oi praticamente destruído, Saddam foi preso, tendo início uma transição política para uma futura democracia.
O ataque dos Estados Unidos em território iraquiano causou certo desconforto para os países envolvidos diretamente na ação militar, como a Inglaterra, Espanha, Itália, Austrália e, principalmente, os próprios Estados Unidos. Apesar das alegações de existência de armamento de destruição em massa, nada foi encontrado. Em 2003, poucos dias antes do ataque, representantes das Nações Unidas concluíram que o Iraque não representava ameaça militar para os países ricos. Durante todo o período do conflito, a hipótese de presença de armas químicas e biológicas não for comprovada.
Em novembro de 2005, teve início o julgamento do ditador Saddam Hussein. No Tribunal Especial Iraquiano enfrentou acusações por crimes contra os direitos humanos e foi condenado à pena de morte. Seu enforcamento ocorreu em 30 de dezembro de 2006.
As tropas estadunidenses que ocuparam todo o país desde 2003 alteraram consideravelmente a organização política e social do Iraque. Os protestos contra a interferência internacional aumentaram os ataques terroristas e conflitos internos entre grupos rivais.
Com o fim do governo Bush, foi iniciada a retirada gradativa das tropas de combate estadunidenses, em junho de 2009, com a partida de todos os soldados somente em 2012.
3. Irã – poder divino
A segunda maior produção de petróleo do mundo é controlada pelo Irã, um país extenso e com uma população superior a 70 milhões de habitantes, com predominância da etnia persa.
Controlado pela dinastia Pahlevi desde 1921, a população xiita, cerca de 93% dos habitantes, condenava a ocidentalização do país e reivindicava o retorno do governo do aiatolá, líder religioso com poder político.
Na década de 1970, os protestos aumentaram e a revolução se fortaleceu. Em 1979, o líder Khomeini assumiu o poder até sua morte, em 1989. O Irã tornou-se uma república islâmica. Com a revolução de 1979, o Irã tornou-se um dos países com regime político mais fechado do mundo. Tem a maior representatividade do islamismo xiita do planeta e também é caracterizado por um sistema ultraconservador agravado pelo apoio do governo a diversos grupos extremistas como o Hamas e o Hesbollah.
O sistema de governo do Irã é dominado pelo líder supremo, o aiatolá, que assume o cargo por tempo indeterminado e controla as Forças Armadas, o sistema judiciário e a comunicação estatal. O presidente do país é eleito em voto direto a cada quatro anos. Porém, o Conselho dos Guardiães, formado por seis juristas e seis clérigos, é quem escolhe os candidatos autorizados a concorrer às eleições. O aiatolá também comanda o Conselho de Guardiães.
Com a eleição de Mahmoud Ahmadinejad à presidência, em 2005, o Irã investiu no enriquecimento do urânio, tendo em vista a produção de armas nucleares. Em 2009, sob acusações de fraudes, o presidente foi reeleito. O Irã passou por uma série de protestos populares reprimidos com violência pelo governo. Na ocasião, a imprensa internacional foi expulsa do país. As imagens da repressão foram divulgadas por meio da internet pela própria população local. A dimensão dos protestos foi comparada à revolução islâmica.
O perfil provocativo do Irã, caracterizado como uma nação beligerante, associado à sua produção de petróleo, representa forte ameaça à economia internacional.

4. Caxemira – a divisão cultural
Ao norte da Índia, localiza-se uma região de conflitos deflagrados a partir de 1947, ano da independência da Índia e do Paquistão.
A Caxemira, atualmente, é controlada pela China e pela Índia. Entretanto, a maior parte da população é muçulmana. Essa identidade cultural com o Paquistão é o argumento predominante para o conflito.
O conflito passou por intervenção da ONU. Em 1949 foi proposta a divisão do território. Entretanto a Índia apresentou resistência ao acordo e, em 1957, dominou a maior parte da Caxemira.
A Índia tem armas nucleares desde 1974. O Paquistão, em 1998, anunciou que também dominava esse recurso militar. O fato despertou o interesse mundial em acompanhar a geopolítica regional e intensificou a rivalidade entre os dois países.
Outro acontecimento que interferiu no conflito foi o atentado de militantes islâmicos do Paquistão a um grupo de turistas na cidade de Mumbai, Índia. A violência com fins políticos abalou a paz entre os países e a possibilidade de um novo acordo pode ser estender ainda por muito tempo.

5. O Tibete
O conflito entre a China e o Tibete foi marcado, nos últimos anos, por manifestações de monges exilados nas províncias chinesas. Na maioria das vezes, as ações de contestação foram reprimidas com extrema violência pelo governo. Mesmo com a realização das Olimpíadas, em 2008, e a divulgação da questão tibetana na mídia, não houve progresso nos acordos de paz na região, iniciados em 2002.
O império mongol obteve a conquista do território tibetano no século XIII, perdendo-o em 1720 para os chineses, que desde então consideram a posse do Tibete um direito conquistado.
O Tibete se beneficiou da crise política na China, desencadeada pela queda da dinastia Ching em 1912, expulsou as tropas inimigas e declarou sua independência sob a liderança do 13º Dalai Lama. Não reconhecendo a soberania do Tibete, em 1918 a China atacou o território em questão, resultando em mais um conflito armado. Com a morte do líder religioso e político, em 1933, a resistência tibetana enfraqueceu até ser dominada pelas tropas comunistas. A ONU foi solicitada, porém não interferiu na ocupação.
Uma semana após a ocupação chinesa, aos 16 anos de idade, o 14º Dalai Lama assumiu o governo do Tibete. Novas negociações foram propostas em maio de 1951, quando os representantes do governo do Tibete ameaçados por ataques ainda mais agressivos, assinaram um acordo que formalizou a condição do Tibete como província autônoma da China.
Em setembro, as tropas comunistas lideradas por Mao Tsé Tung invadiram o Tibete, destruindo mosteiros, causando o aprisionamento e a morte de milhares de civis.
A população tibetana, na tentativa de expulsar o exército chinês de seu território, organizava rebeliões que terminavam em mais destruição e morte. A mais violenta ocorreu em março de 1959, com elevado saldo de mortes e de civis aprisionados e exilados. Sem a mínima garantia de segurança, o líder Dalai Lama deixou à capital, Lhasa, e transferiu-se para a Índia.
Durante a opressão chinesa, a resistência do povo do Tibete em preservar sua cultura e especialmente sua religião aconteceu e continua acontecendo, sem o emprego da violência. O governo chinês incentivou a migração chinesa que, juntamente com os massacres, reduziu a população tibetana. As construções modernas, também de responsabilidade chinesa, vão substituindo os traços da arquitetura tradicional. Até a prática da religião do Tibete possui rigorosa vigilância do governo chinês.
O atual líder político e religioso, o Dalai Lama, percorre países do mundo inteiro buscando o apoio para o drama vivido por seu povo. No entanto, os avanços são limitados pelo poder da economia e política chinesa no contexto internacional, podendo, como membro do Conselho de Segurança da ONU, vetar qualquer decisão que ameace seu domínio no Tibete.
Enquanto a questão não se resolve, os recursos naturais, especialmente as florestas, são explorados intensamente.
Grande quantidade de lixo nuclear contamina o ambiente tibetano. Além disso, nascente s dos maiores rios asiáticos podem ser degradadas pelo desequilíbrio ambiental provocado pelas atividades econômicas dominadas pelos imigrantes chineses.
Para concluirmos o tema, é importante que se entenda que na geopolítica sempre podem ocorrer novidades a qualquer instante. Em março de 2005, foi divulgada pela imprensa uma notícia dando conta de que o Dalai Lama estaria disposto a reconhecer a soberania chinesa sobre o Tibete. Em troca disso, deveriam ser preservados os valores culturais, espirituais e ambientais dos tibetanos.
Podemos supor que o desenvolvimento econômico do gigante chinês, com certeza, deve ter sido o principal elemento motivador para a mudança de postura do líder espiritual do Tibete. Como em um jogo de xadrez, será necessário acompanhar com muita atenção os próximos movimentos que ocorrerão na região e que, com certeza, serão divulgados pela mídia.

6. Outros conflitos
Durante a Guerra Fria, o continente asiático foi palco de diversos conflitos envolvendo o sistema capitalista estadunidense e o socialista soviético.
Entre os muitos impactos geopolíticos desse período, destaca-se a Guerra da Coreia, na década de 1950, fragmentando o antigo território em dois países: Coreia do Norte, que até hoje mantém o regime socialista, e Coreia do Sul, que atingiu elevado padrão industrial e social.
Com o fim da Segunda Grande Guerra e fragmentação territorial, a Coreia do Norte iniciou sua corrida armamentista. Em 2002, foi incluída pelo presidente estadunidense George Bush no “eixo do mal”, juntamente com o Irã e o Iraque.
Os testes nucleares praticados pela Coreia do Norte representam um desafio para as potências capitalistas. As exigências da ONU e dos Estados Unidos para que os testes nucleares fossem encerrados não tiveram sucesso. Em 2005, a Coreia do Norte anunciou pela primeira vez a existência de um arsenal nuclear. Testes nucleares subterrâneos foram divulgados em 2006 e 2009. Esses fatos abalaram ainda mais as relações internacionais com o país.
Outra disputa histórica foi a Guerra do Vietnã (1963-1975), conflito que envolveu o Laos e o Comboja, incansavelmente lembrado nos filmes pela destruição e violência, despertou protestos no mundo todo.
O Continente asiático, em todas as direções, possui vários movimentos de lutas separatistas associados às diferenças étnicas e religiosas, como em províncias chinesas, no Sri Lanka, no Afeganistão, os curdos no Iraque, e outro mais recentes ou mais antigos que a cada ano elevam os índices de morte, violência e destruição.
O século XXI teve início com o surgimento de um novo país, o Timor Leste, marcado por uma história de luta incessante contra o domínio da Indonésia, que finalmente reconheceu, em 5 de maio de 2002, a independência da nação timorense.
Com tantas histórias inacabadas em toda a extensão do maior e mais populoso continente, a delimitação das fronteiras não pode ser considerada definitiva.


Conflito
Árabe-Israelense
O principal motivo para o conflito árabe-israelense é a questão territorial. As tensões existem há séculos. Com a expulsão dos judeus pelos romanos no séc. I d.C., os palestinos ocuparam a área.
Os palestinos sentem-se no direito de permanecer na terra ocupada.
Durante a ocupação das tropas inglesas no território que hoje corresponde a Israel, houve a permissão da compra de terras por judeus ricos, que começaram a fixar-se na região
Houve um grande fluxo de emigrantes judeus nessa época. A esse momento, a história dá o nome de Sionismo, devido a Colina de Sion ocupada, em Jerusalém.
Os ingleses após a Primeira Guerra Mundial comprometeram-se a ajudar os judeus a construir um Estado livre e independente em território palestino. Entre os anos 1930 e 1940, intensificou-se consideravelmente a imigração judaica para a Palestina. Cresceu também a tensão entre duas etnias distintas

Em 1947, a ONU estabeleceu a divisão do território palestino entre judeus, que ocupariam 57% das terras e palestinos ocupariam os restantes 43% do território.
Com a retirada das tropas britânicas que ocupavam a região, começou, em 1948, uma guerra entre Israel e a Liga Árabe, criada em 1945 e que reunia Estados Árabes que procuravam defender a independência e a integridade de seus membros.
Organização de Libertação da Palestina
Em 1964 criou-se a OLP, com o objetivo de estabelecer um Estado Autônomo da Palestina. O movimento teve como líder Iasser Arafat;
Em 1967, novo conflito eclodiu entre árabes e israelenses na fronteira entre Egito e Israel. Soldados israelenses avançaram sobre a Península do Sinai, a Faixa de Gaza e as colinas de Golã;
O conflito obrigou os palestinos a refugiarem-se em países vizinhos;
Em 1968, durante o feriado judeu de Yom Kippur, os árabes bombardearam a nação como resposta aos ataques de 67
Acordos de Paz
Ao assumir a presidência do Egito, Anuar Sadat propõe um acordo de paz com Israel, convocando o primeiro-ministro israelense a assinar um acordo de paz oficial. A ceremonial ocorreu em 1979;
O acordo não agradou a muitos, resultando no assassinato do presidente Sadat, em 1981, acusado pelos árabes de traição aos ideais da OLP.

Israel venceu o conflito e ocupou áreas reservadas aos palestinos, ampliando para 75% o domínio sobre as terras da região.

O Egito assumiu o controle sobre a Faixa de Gaza e a Jordânia criou a Cisjordânia.

O massacre foi marcado pelo sofrimento dos palestinos e destruição das cidades.


Guerra dos seis dias
A Guerra dos Seis Dias foi um conflito armado que opôs Israel a uma frente de países árabes – Egito, Jordânia e Síria, apoiados pelo Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão.
CAUSA:
 O crescimento das tensões entre os países árabes e Israel, levou os dois lados a mobilizarem as suas tropas. Antecipando um ataque eminente do Egito e da Jordânia.
A Guerra
 Começou dia 5 de junho de 1967;
 Envolveu Israel, que contava com o apoio dos Estados Unidos contra o Egito, a Jordânia e a Síria;
 Israel conquistou a península do Sinai, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as colinas de Golã.
 Em 1967, o líder egípcio Nasser, armou um esquema para fazer com que a Síria e a Jordânia mobilizassem suas tropas para apoiá-lo em caso de um revide israelense.
 Na manhã de 5 de junho, a Força Aérea Israelense (FAI) executou um ataque coordenado às principais bases aéreas do Egito destruindo quase todos os seus aviões no solo e inutilizando as pistas.
 No decorrer da guerra, a FAI conseguiu derrotar 350 aviões árabes, dos deles somente 31 foram derrotados.
 No Sinai, o exército egípcio tinha sete divisões e cerca de 950 carros de combate, que foram distribuídos em posições defensivas.
 No dia 8 de junho, os israelenses armaram uma emboscada exterminando 60 tanques, 100 canhões e 300 carros.
 Foi enviado um grupo de combate para o sul da península, para reabrir o estreito de Tiran, com o objetivo de encontrar-se com uma força de pára-quedistas que saltaram em Sharm-el-Sheikh, mas não houve luta, pois a guarnição egípcia havia batido em retirada.
 No 3º dia de luta todo o Sinai já estava sobre o controle de Israel, nas 72 horas seguintes Israel impôs uma derrota devastadora aos adversários.

Fim da Guerra
 A Guerra dos seis dias foi uma derrota para os Estados Árabes, que perderam mais da metade do seu equipamento militar.
 A força aérea da Jordânia foi completamente destruída.
 Os árabes sofreram 18.000 baixas, enquanto do lado de Israel houve 766.
 Com o resultado da guerra, aumentou o numero de refugiados palestinos na Jordânia e no Egito. A Síria e o Egito estreitaram ainda mais as relações com a URSS, aproveitando também para renovarem seu arsenal de blindados e aviões, além de conseguirem a instalação de novos mísseis, mais perto do Canal de Suez.
 No dia seguinte a conquista da Península do Sinai, o presidente Nasser do Egito resignou a derrota.
 Em Novembro de 1967, as Nações Unidas aprovaram a resolução 242, que determina a retirada de Israel dos territórios ocupados e a resolução do problema dos refugiados.
 Israel não cumpriu a resolução, alegando que só negocia a desocupação dos territórios se os estados árabes reconhecerem o estado de Israel, apesar de dividir controles com esses países vizinhos.
 A derrota não mudou a atitude dos Estados Árabes em relação a Israel.
 Em agosto de 1967, lideres árabes reuniram-se em Cartum, e anunciaram para o Mundo: não as negociações diplomáticas e reconhecimento do Estado de Israel, que lhes custou um grande prejuízo.
 Excepcionalmente na história das guerras, nenhuma vitória tão ampla foi conquistada em tão pouco tempo.