Conteúdo 2º ANO 3º Bimestre
Urbanização
Urbanização: Aumento do número de pessoas na cidade em relação ao campo.
Crescimento Urbano: Crescimento do número de pessoas nas cidades. Esse crescimento pode ser vertical e/ou horizontal. Esse crescimento não é necessariamente derivado da vinda de pessoas do campo para cidade.
Histórico da urbanização brasileira Século XVI
As primeiras cidades brasileiras surgiram ao longo do litoral, pelo fluxo comercial da população do açúcar que iria abastecer a metrópole.
Histórico da urbanização brasileira
Embora a produção de cana de açúcar se realiza-se no campo, a sua comercialização levou ao desenvolvimento de uma atividade urbana.
Grandes parcelas dessas cidades se tornaram centros comerciais e pollitico-administrativos, como no caso de Salvador.
No Brasil, existem poucas cidades localizadas no litoral que tinha como base econômica as exportações, o mercado interno, era altamente deficiente, pois a grande parcela da população (escravos) não possuía renda para consumir.
Histórico da urbanização brasileira Século XVIII
Com a descoberta de ouro na região central do Brasil, houve a mudança do eixo econômico do litoral para o interior, o que fez surgir uma quantidade significativa de pequenas e medias cidades.
Embora a mineração tenha propiciado um crescimento urbano considerável, varias das cidades formadas, entraram em crise com as estagnação da atividade nas minas.
Esse fator fez com que no Brasil nessa época não fosse desenvolvido uma quantidade ampla de cidade de médio porte.
Século XIX
Com o ciclo do café, houve o retorno do crescimento de cidades de médio e pequeno porte.
Essa atividade também proporcionou o crescimento de muitas cidades, principalmente no eixo Rio-São Paulo-Parana.
Uma das grandes cidades que se desenvolveu nesse período foi São Paulo, que hoje é a maior metrópole brasileira.
Histórico da urbanização brasileira Século XX
A urbanização só se tornou algo significante no Brasil durante a industrialização.
Nesse período, houve um forte fluxo de pessoas do campo para a cidade (êxodo rural).
Durante as décadas de 1960 e 1970, o Brasil tornou-se,um país urbano, sendo essa urbanização caracterizada como uma urbanização recente.
Formações das cidades
Cidades espontâneas: essas constitui o maior grupo de cidades. Essas cidades são formadas a partir de fatores como mineração, desenvolvimento de rodovias, bases militares, missões jesuíticas dentre outros.
Cidades Planejadas: são cidades formadas a partir de um prévio estudo espacial, são cidades que possuem funções definidas desde sua formação, Brasília - DF, Palmas - TO, Goiânia – GO etc...
Funções das cidades
Cidades político-adminstrativa: Têm função principal sediar órgãos públicos, principal Governos. Exemplos Brasília-DF, Washington (EUA).
Cidades históricas e culturais: grupo ligado também a cidades turísticas, mas como um enfoque mais sócio cultural. Exemplos Ouro Preto GO, Pirenópoles GO.
Cidades Militares: quando abriga ou abrigou bases militares. Exemplos Resende RJ, Natal RN.
Cidades Turísticas: quando a cidade vive principalmente em função do turismo, fato crescente no Brasil. Exemplos: Bonito-MS e Fernando de Noronha-PE.
Cidades Portuárias: se destacam pela importância dos seus portos. SP, Paranaguá-PR e Itapuí - MA.
Cidades Industriais: possui como pilar central de desenvolvimento o setor industrial. Exemplo: Cubatão-SP Volta Redondo-RJ, Chicago – USA.
Cidades Comerciais: quando o setor comercial é o ponto chave do desenvolvimento da cidade. Exemplos: Caruaru-PE, Campina Grande-PB,Feira de Santana-BA.
Cidades Religiosas: quando o destaque maior é a presença de aspectos relacionados às religiões. Exemplos: Fátima(Portugal), Aparecida do Norte-SP, Meca (Arábia Saudita) e Jerusalém( Oriente Médio).
Cidades Universitárias: cidades que dependem bastante das universidades, que atraem um grande número de pessoas e movimentam o seu comercio. Exemplos: Campinas-SP e Uberaba-MG.
Movimentos populacionais
Globalização e migrações: A partir do século XVI,no início da formação do capitalismo ,as migrações em escala continental ocorreram de modo geral da Europa para as regiões que ainda não haviam incorporado o desenvolvimento tecnológico e os padrões culturais europeus.
O desenvolvimento tecnológico nas últimas décadas do século XX intensificou as disputas no mercado internacional. Com as novas formas de produção de mercadorias e a crescente informatização do sistema financeiro e dos serviços bancárias e comerciais, as atividades econômicas estão absorvendo cada vez menos trabalhadores, especialmente os de baixa qualificação.
Migrações internacionais
Os deslocamentos populacionais fazem parte da história da humanidade, tendo sido responsáveis pela formação dos diversos povos e, em certa medida, dos próprios elementos culturais que os caracterizam.
URBANIZAÇÃO E METROPOLIZAÇÃO NO BRASIL
As metrópoles são as maiores e mais bem equipadas cidades de um país.
No Brasil, desenvolveu-se uma urbanização concentradora, isto é, que forma grandes cidades e metrópoles. Em 1950, só existiam duas cidades com população acima de 1 milhão de habitantes: Rio de Janeiro e São Paulo. Em 2000, ambas apresentam mais de 5 milhões de habitantes, e 13 municípios passaram a contar com população urbana superior a 1 milhão de habitantes.
Em 1950, São Paulo não se incluía entre as 20 cidades mais populosas do mundo. No ano 2015, segundo estimativas da ONU, a região metropolitana de São Paulo, com 20,3 milhões de habitantes, será a quarta maior aglomeração urbana no mundo, antecedida por Tóquio, no Japão (28,9 milhões), Bombaim, na Índia (26,3 milhões) e Lagos, na Nigéria (24,6 milhões). Ela é a metrópole que melhor reflete o caráter concentrador da urbanização no País.
O censo de 2000 mostrou que a população brasileira ainda se concentra nas grandes cidades e nas metrópoles. Em 1970, as regiões metropolitanas reuniam 24,3 milhões de pessoas; em 2000, passaram a contar com 67,8 milhões de pessoas, ou seja, esta população quase que triplicou em três décadas, representando 40,0% do total do País.
No entanto a população das capitais estaduais vem crescendo mais lentamente do que a do País. Este é um dado recente e importante, porque as grandes cidades ficam um pouco mais aliviadas dos problemas gerados pelo excesso de população.
REDE E HIERARQUIA URBANAS
O processo de urbanização compõe a chamada rede urbana, um conjunto integrado ou articulado de cidades em que se observam a influência e a liderança das maiores metrópoles sobre as menores (centros locais). A hierarquia urbana é estabelecida na capacidade de alguns centros urbanos de liderar e influenciar outros por meio da oferta de bens e serviços à população. Pode ser uma metrópole nacional (se influencia todo o território nacional) ou uma metrópole regional (se influencia certa porção ou região do País).
O ESPAÇO URBANO: PROBLEMAS E REFORMA
De um lado, há a cidade formal, na maior parte das vezes bem planejada, com bairros ricos, ruas arborizadas, avenidas largas, privilegiada por equipamentos e serviços. Contrasta, de outro lado, com a cidade informal, composta pela periferia pobre, pelos subúrbios, pelas favelas, com ruas estreitas, sem planejamento, pela ocupação desordenada e sem infra-estrutura adequada.
Na cidade informal ou “oculta”, concentram-se os problemas urbanos, e sua população engrossa as estatísticas dos desempregados, dos subempregados, da violência. A cidade formal, preocupada com a violência, cerca-se de muros, guaritas, equipamentos de segurança (alarme, interfones, câmeras), acentuando a segregação espacial.
O rápido crescimento urbano é visto desde 1920, quando a taxa de urbanização era de 16%. Em 1940 a taxa de urbanização atingiu 31%, em 1960 subiu para 45% e em 2005 já atingia 85%, mostrando claramente a superpopulação dos territórios.
Na década de 90, o Sudeste já era 88% urbanizado, o Centro-Oeste 81%, Sul 74,1%, Nordeste 60,6% e o Norte 57,8%.
O rápido crescimento populacional nas cidades não foi acompanhado pelo crescimento industrial, esse fato gerou o desemprego e criou o subemprego (ou desemprego disfarçado), situações agravadas pela tecnologia importada que eliminou pessoas de seus trabalhos substituindo-as pelos sistemas tecnológicos. As pessoas tiveram que se integrar às atividades remuneradas incertas e não regulamentadas em lei, o que consiste o subemprego, como vendedores ambulantes, bóias frias, flanelinhas, engraxates e outras funções não menos importantes que os grandes cargos, mas que constituem a camada marginal do sistema econômico.
Desta forma, os migrantes que vieram em busca de trabalho foram surpreendidos pela forte urbanização que superou o processo industrial, pois o estado não teve renda suficiente para industrializar rapidamente as cidades.