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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Conteúdo 8º ano 3º bimestre cont...

Conteúdo 8 ano (continuação) 3 bimestre
Israel: Economia

Como vimos na figura 10.17,página 182,Israel faz parte do conjunto de países asiáticos industrializados e com tecnologia avançada.É o país mais industrializado do Oriente Médio.
Ao redor de Tel Aviv,uma de suas principais cidades,desenvolveu-se um pólo tecnológico importante.A partir do inicio da década de 1990,principalmente,esse pólo ampliou-se ainda mais graças á imigração de técnicos da ex-União Soviética.Tel Aviv e as cidades de Jerusalém,Afia e Ashkelon reúnem mais de 3 mil empresas de alta tecnologia(high tech).Muitos pesquisadores e engenheiros trabalham em setores de empresas de armamentos e eletrônicos ,destacando-se especialistas em telecomunicação e em sistemas de proteção.
Não é difícil entender o tipo de industrialização israelense. Desde a sua fundação,em 1948,Israel tem estado em luta armada contra os países árabes e os palestinos contrários á criação do Estado de Israel.Por causa da instabilidade geopolítica e da guerra,Israel procurou formar um Estado militarmente forte,incentivando pesquisas cientificas e tecnológicas voltadas para a produção de armamentos.Judeus de toda parte do mundo têm enviado contribuição em dinheiro que rapidamente levaram Israel a se destacar no desenvolvimento industrial e colocá-lo na frente dos países árabes quando ao desenvolvimento econômico e social.
As planícies litorâneas são a principal região de plantio. Ao sul do Mar Morto,pratica-se a pecuária de carneiros;o emprego de técnicas adiantadas de irrigação do Deserto de Negev permite aos pais obter razoável produção de cítricos para exportação.(em 1961 o governo Brasileiro solicitou a colaboração de técnicos israelenses para estudar o sertão semi-árido do Nordeste;entretanto,devido a problemas políticos em nosso pais e aos descasos das autoridades,os estudos não progrediram).
O que caracteriza a agricultura israelense são os kibutzim, que em hebraico quer dizer “ grupos”.trata-se de unidades de produção no campo,que exploram a agricultura,a pecuária e certos setores da agroindústria.
3 Outros focos de tensão no Oriente Médio
Iraque
A guerra de 1990-1991
Entre 1980 e 1988, O Iraque viveu uma guerra prolongada com o Irã - por questões político-religiosas- que tirou a vida de cerca de um milhão de pessoas.Depois disso, em 2 de agosto de 1990 invadiu o Kuwait. O governo iraquiano alegou que historicamente aquele território pertencia a seus pais; afirmou também que quando se deu a descolonização da região, as fronteiras artificiais criadas pela Grã-Bretanha ignorarão o passado histórico. Na verdade, os motivos foram outros, entre eles o desejo de Saddam Hussein, então ditador-presidente do Iraque, de controlar os ricos poços petrolíferos do Kuwait. A invasão do Kuwait desencadeou a Guerra do Golfo, como ficou conhecida e durou de Janeiro a março de 1991.
Com a autorização da ONU, foi organizado uma força militar multinacional (Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália, Arábia Saudita etc.) para expulsar os iraquianos do Kuwait. Os bombardeios das tropas multinacionais destruíram instalações industriais, estradas, bairros, prédios, monumentos históricos, equipamentos militares iraquianos e, uma coisa insubstituível, vidas humanas. Vencido, o Iraque se retirou do Kuwait.
A guerra mostrou a grande superioridade técnica militar dos Estados Unidos, que utilizaram armamentos bastante sofisticados, e ainda, por sua vez, possibilitou que esse país realizasse bons negócios, principalmente com a Arábia Saudita, aliado histórico dos Estados Unidos na região.
Diante das incertezas regionais, os Estados Unidos venderam para a Arábia Saudita bilhões de dólares de equipamentos e armamentos. Esse fato tirou de dificuldades varias indústrias bélicas estadunidenses que, com fim da Guerra Fria (confronto entre a União Soviética e Estados Unidos), estavam em crise por falta de encomenda. Alem de ter sido um bom negócios para Estados Unidos, a Guerra do Golfo serviu para fortalecer a presença e a política dos Estados Unidos na região e proteger as jazidas petrolíferas das quais tanto depende os Estados Unidos e a Europa ocidental.
Essa guerra causou grandes impactos ambientais como derramamento de petróleo no mar, poços de petróleo em chamas que comprometeram a vida animal e causaram a poluição da atmosfera e das escassas fontes de água potável na região.
A GUERRA DE 2003
Em 2003, outra guerra eclodiu no Iraque. Acusado pelo governo George W. Bush, dos Estados Unidos, de dar proteção e apoio aos terroristas islâmicos que atacaram, em 11 de setembro 2001, as Torres do Word Trade Center ( edifícios de escritórios de grandes empresas), em Nova York, e o Pentágono (Secretaria da Defesa e sede dos estados Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos) em Washington, ambos símbolos do poder dessa nação, o Iraque foi invadido.
O governo de Sedam Hussein foi também acusado de armazenar arma de destruição em massa (armas químicas, biológicas e nucleares) sendo, portanto, uma ameaça ao mundo a obtenção de paz no Oriente Médio, apesar de não terem obtido evidencias desse arsenal até o inicio de 2006, e terem reconhecido que essa informação era falsa, tropas militares dos Estados Unidos e do Reino Unido Invadiram o Iraque.
A invasão foi realizada sem o consentimento da ONU, foi uma decisão unilateral, que atendeu a razão apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido e não do conjunto das nações que integram a ONU, organismo criado justamente para que as nações discutam e resolvam coletivamente os impasses mundiais.
A decisão unilateral de invadir o Iraque abriu precedentes perigosos no mundo. Primeiramente, porque ignorou a ONU, tirando sua autoridade de órgão internacional de resoluções de problemas entre os países membros. Em segundo lugar, abriu a possibilidade que qualquer país pode decidir, unilateralmente, invadir outro sem utilizar a arbitragem ou mediações da ONU.
Em 19 de março de 2003, o Iraque foi invadido sob o protesto dos governos da França, Alemanha, Federação Russa e outros.
O Iraque foi rapidamente derrotado. Em 9 de abril, as forças militares de coalizão tomaram Bagdá, capital do país, deixando um rastro de destruição e morte, inclusive de civis. Após alguns meses de ocupação, Saddam Hussein, presidente do iraquiano, que estava foragido, foi encontrado e preso. Um processo judicial contra crimes por ele cometidos foi encaminhado ao Ministério Publico iraquiano.
Submetido a forte pressão dos Estados Unidos, a ONU, em outubro de 2003, aprovou a formação de uma força militar multinacional, sob o comando dos Estados Unidos, para auxiliar na ocupação do Iraque (tropas italianas, australianas, polonesas e etc. passaram a fazer parte da ocupação militar), dando legitimidade mesmo que tardia, à invasão e à reconstrução do Iraque.