Conteúdo 8º Ano 3º Bimestre
Israel e a questão da Palestina
Formação do Estado de Israel:
Desde épocas remotas, as terras que hoje correspondem a Israel, Cisjordânia, Faixa de Gaza e imediações eram ocupadas por árabes e hebreus.
Ao longo da história, essas terras foram invadidas por vários povos, inclusive romanos, persas e otomanos. Até 1917, a região fazia parte do Império Otomano.
Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os britânicos ocuparam a região para combater os otomanos, que eram aliados Alemanha. Nessa tarefa, foram ajudados pelos árabes locais.
Terminada a guerra e livre da dominação otomana, a Sociedade das Nações, em, 1922, delegou à Grã-Bretanha um mandato sobre a região ( a Palestina para os árabes e Canaã para os judeus, desde do tempos bíblicos).
A partir de 1896, com a publicação do livro O Estado Judeu, do jornalista judeu, Theodor Herzl, que vivia na Áustria, reascendeu nesse povo desejo de recriar um Estado próprio para colocar fim a sua dispersão no mundo e às perseguições sofridas.
Desejavam voltar para suas antigas origens, a Palestina ou Canaã. Com esse livro, nasceu um movimento que ficou conhecido pelo nome de sionismo( Sion, nome de uma colina em Jerusalém,onde há dois mil anos havia os reinos israelitas),que tinha como objetivo recriar o estado judeu.
A partir daí, iniciou-se um fluxo imigratório de judeus para a região, principalmente da Europa Central e Oriental, onde o ante-semitismo era mais intenso.Com o dinheiro coletado entre a comunidade judaica espalhada pelo mundo,terras ocupadas por árabes,passaram a ser compradas,dando lugar as colônias agrícolas judaicas ( kibutz).
AS GUERRAS ENTRE ÁRABES E ISRAELENSES
A guerra de 1948 – 1949
A liga Árabe, fundada em 1945 pelos países árabes, incluindo os palestinos, com o objetivo de fortalecer a unidade e a cooperação entre os países membros, não aceitou a partilha decidida pela ONU nem a criação do Estado de Israel. Imediatamente, os exércitos do Egito, Jordânia, Síria, Iraque e Líbano, pertencentes à Liga Árabe, atacaram o Estado de Israel.
A guerra de 1956
Em 1956, o presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser, nacionalizou o Canal de Suez, cujas ações da empresa que explorava o Canal pertenciam a ingleses e franceses. Alem disso proibiu o tráfego de navios israelenses no Canal de Suez e bloquiou o Golfo de Ácaba e o Estreito de Tiran impedindo a saída de embarcações israelenses do porto de Eilat.
A resposta foi imediata. Tropas francesas, inglesas e israelenses invadiram a Península do Sinai e ocuparam o Canal de Suez. O conflito terminou somente com uma força de paz enviada pela ONU, que restabeleceu a linha de armistício de 1949 entre Israel e Egito.
A guerra dos seis dias (1967)
Após a retirada das forças de paz da ONU da Península do Sinai, em 9 de maio de 1967, as tensões na região se agravaram. As incursões de palestinos em Israel, o deslocamento de tropas sírias junto à fronteira de Israel, o envio de tropas argelinas para o Oriente Médio, o acordo militar entre Jordânia, Egito e Iraque surgiram no panorama da região como uma ameaça para Israel.
Diante dessas mobilizações, Israel decidiu não esperar os desdobramentos de ações. Em 5 de junho, lançou um ataque preventivo, pois a essa época já contava com o apoio dos Estados Unidos, inclusive com as armas modernas.
Nesse dia, a aviação israelense efetuou um ataque rápido aos aeroportos militares do Egito, Jordânia e Síria, destruindo centenas de aviões militares. Enquanto isso, suas forças terrestres atacaram a Península do Sinai e Gaza,as Colinas de Golã, na Síria, e a Cisjordânia.
A guerra do Yom Kippur (1973)
A expressão Yom Kippur significa “Dia do Perdão”. É um feriado religioso dos judeus, comemorado no dia 6 de outubro do nosso calendário.
Aproveitando o feriado religioso judaico, tropas egípcias e sírias, apoiadas por contingentes de Marrocos, Iraque, Jordânia e Argélia, avançaram sobre a Península do Sinai e as Colinas de Golã, com o objetivo de reconquistar os territórios perdidos na Guerra do Seis Dias 1967.
A reação de Israel foi rápida.Suas tropas de terra e ar fizeram os sírios recuarem das Colinas de Golã. Damasco, capital da Síria, foi bombardeada por tropas de Israel.
Na Península do Sinai, as tropas israelenses alcançaram até a margem ocidental do Canal de Suez e cercaram as tropas egípcias, que não puderam recuar.
Em 22 de outubro, mediante a interferências da ONU, do Estados Unidos e da União Soviética, foi decidido o cessar-fogo. Contudo, não houve alterações territoriais. Israel continuou ocupando os territórios conquistados.
Foi nessa época que os árabes, acreditando possuir uma “arma de forte persuasão” para que os países da Europa Ocidental e os Estados Unidos interferissem no conflito, no sentido de auxiliar na sua resolução, boicotaram o fornecimento de petróleo.